segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Informações essenciais sobre a eleição do Conselho Participativo Municipal

Em menos de duas semanas, no dia 08 de Dezembro, ocorrerá enfim a eleição de 1125 Conselheiros e Conselheiras que irão compor o Conselho Participativo Municipal da Cidade de São Paulo. Algumas dúvidas ainda pairavam sobre o processo e há pouco tempo, a Secretaria Municipal de Relações Governamentais disponibilizou algumas informações cruciais para todxs aqueles que irão às urnas no dia 08 de Dezembro.
Se encontram abaixo os dois links que discorrem sobre os locais de votação, bem como sobre algumas regras da eleição em si. As informações de local estão disponibilizadas de maneira a facilitar a visualização do local de votação de cada eleitor. O edital do processo eleitoral é um pouco mais extenso, mas com conteúdo acessível, do qual nos chamou atenção a quantidade de pessoas que estará envolvida trabalhando no domingo do dia 08 de Dezembro, para fazer essa eleição acontecer.
Acessem, se informem e quaisquer dúvidas, estamos aqui pra ajudar:

Locais de Votação:
http://www.conselhoparticipativo.prefeitura.sp.gov.br/docs/locais.pdf

Edital do Processo Eleitoral do Conselho Participativo Municipal:
http://www.prefeitura.sp.gov.br/cidade/secretarias/subprefeituras/upload/vila_mariana/arquivos/Regras%20de%20eleicao.pdf

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Um Domingo no Km. 28 da Avenida Sapopemba

No último domingo o pessoal do VOZ visitou o Km 28 da Avenida Sapopemba, nas imediações do Parque São Rafael, extremo leste de São Paulo.
O encontro ocorreu logo depois da celebração ecumênica que acontece todos os domingos, logo cedo, as 08h00 da manhã. Essa comunidade tem é uma das unidades relacionadas à Pastoral Fé e Política, que promove, para além do ensino religioso, a capacitação política, por intermédio de conceitos de cidadania e direitos. Através da Escola de Fé e Política Waldemar Rossi, a pastoral exerce um papel crucial na tarefa de informação sobre o campo da política, bem como conscientização da importância de participação ativa no mesmo. Segundo o pessoal da Pastoral, dentre as comunidades atendidas pela Pastoral da região, saíram dois candidatos ao Conselho Participativo da cidade de São Paulo.
A conversa girou em torno da fase atual do Conselho, salientando-se as possibilidades de atuação nesse espaço de participação, como uma das vias de luta para alcance de algumas necessidades do grupo, que de fato são diversas.
O Km 28 é assim chamado por falta de um nome mais apropriado para uma comunidade já estabelecida no local há aproximadamente 30 anos e até hoje sem regulamentação da Prefeitura. Para sermos mais diretos, é o mesmo que dizer que é um bairro inexistente em termos oficiais, abrigando porém cinco mil famílias, número este que tende a aumentar. Podemos imaginar, de bate pronto, inúmeros problemas ocasionados para cidadãos que habitam a cidade ilegal, como falta de saneamento, asfalto, luz, transporte público, aparelhos culturais e educacionais, ou seja, itens básicos que deveriam constar na composição de qualquer assentamento urbano. Mas isso não é novidade em uma cidade em que tal situação é praticamente regra e não exceção.
O que vale a pena salientar nesse caso específico, faz parte de peculiaridades inerentes à essa situação particular. A área, que está dentro de uma reserva ambiental, é considerada como rural e de propriedade do Incra, que é um órgão federal. O que podemos constatar, de acordo com essa informação, é a distância enorme em que essas mais de 5000 famílias se encontram da instância representativa que poderia dar início a um processo de regularização inicial que pode significar o ponta pé inicial para a resolução das outras dificuldades oriundas desse fator. Pensando nisso, imediatamente vem à mente o quão urgente é aproximar a gestão municipal dos problemas enfrentados por aqueles que habitam o seu território e fazem parte da economia da cidade, mas são precariamente beneficiados por ela. O desafio da descentralização é tão importante, que passa a ser essencial.
Os moradores da região sinalizaram a inexistência de aparelhos públicos, culturais e educacionais e colocaram em voga a necessidade urgente de pelo menos uma creche. O único espaço acolhedor e educacional que existe na comunidade, faz parte de uma parceria entre a Prefeitura de São Paulo e uma Organização católica, que consegue atender alguns jovens e até a idade de 15 anos. 
Apesar desse cenário de esquecimento, há pouco tempo, foi licitado e autorizada a construção de um aterro sanitário, que fica logo vizinho à área de proteção ambiental. Em uma cidade que recicla apenas 2% de todo seu lixo, esse fato parece muito mais que uma contradição absurda.
Quando nos deparamos com tais situações, identificamos o quanto de andanças são necessárias para se conhecer essa cidade tão grandiosa a fundo. Nestas observações, vemos com ainda mais profundidade o quanto de Direito à Cidade e todos os outros direitos afins, estão sendo negligenciados a pessoas a quem lhes restam não muito mais que obrigações, sem a contrapartida justa. Não poderia deixar de mencionar que em situações com essa, a politicagem e suas vertentes chegam, porém a prática política quase nunca.
Tendo isso em mente, não há como dissociar-se das ideias de descentralização, fiscalização e transparência da gestão pública, e não como veia unilateral, mas em conjunto com a população. 
Nessa visita, conversamos sobre as eleições que ocorrerão no dia 08 de Dezembro, e que agora é a hora de identificar os candidatos, votar e continuar participando, para que esse Conselho seja um espaço efetivo de participação. O papel da educação continua sendo proeminente e urgente, e um grande desafio para o desenvolvimento local e nacional.
Algumas imagens da visita estão aqui publicadas.







segunda-feira, 14 de outubro de 2013

E a descentralização do Conselho, como fica?

Saiu no Diário Oficial de 12 de Outubro de 2013, a alteração no artigo 6º do Decreto que versava sobre as disposições gerais da formação do Conselho Participativo das Subprefeituras na Cidade de São Paulo. 
Mais especificamente, a alteração foi efetuada no § 1º, parágrafo esse que trazia um dispositivo importante para uma das principais tarefas do Conselho, a saber, a descentralização estrutural do mesmo. 
A última redação do parágrafo, datada de 19 de Setembro de 2013 possuía o seguinte teor:

§ 1º O eleitor poderá votar uma única vez em até 5 (cinco) candidatos ao Conselho Participativo Municipal correspondente à Subprefeitura em cuja área se localize sua zona e seção eleitorais.

O novo texto, publicado no último sábado, simplificou a diretriz e agora opera com o seguinte texto:
"Art 6º..............................................................................................................................................
§ 1º O eleitor poderá votar uma única vez em até 5 (cinco) candidatos ao Conselho Participativo Municipal......................................................................................................................................." (NR)

O que devemos prestar atenção nesta alteração é a ausência do complemento "correspondente à Subprefeitura em cuja área se localize sua zona e seção eleitorais". Sendo assim, a atual redação permite que qualquer eleitor, vote em qualquer candidato da cidade, mesmo que não pertencente à sua zona eleitoral. O ponto que sublinhamos aqui é que esse complemento direcionava a tarefa de descentralização desde o início, ou seja, gestão descentralizada com eleições sendo viabilizadas da mesma forma. Ou seja, o eleitor deveria votar no candidato que trabalhasse para a sua região, para o seu entorno e sua comunidade. Grosso modo isso não causaria grandes problemas, pois idealmente, espera-se que o eleitor vote conscientemente no candidato de sua região de moradia, ou até mesmo viabilizando que esse eleitor vote em um candidato da região que trabalha por exemplo,pois isso seria também de seu interesse.
Porém, é crucial manter em mente que as forças e relações de poder que atuam na cidade não são pautadas pela relação entre candidato e eleitor, mas sim justamente, sobre a capacidade de alcance e capilaridade que o candidato pode ter em toda a cidade. Dessa forma, a ausência da limitação do voto permite que candidatos com mais possibilidades de influência, seja por fatores econômicos ou outros benefícios que possa porventura possuir, permite que a desigualdade de oportunidades seja sentida desde o início. 
Esse dispositivo na legislação permite que uma série de lógicas perversas que persistem em nosso sistema eleitoral nacional.  Ele permite que robustas forças políticas tenham precedência justamente sobre aqueles atores que poderiam representar uma renovação no quadro de representação, fazendo com que esse instrumento, que se coloca como inovador, possa vir a ser somente mais uma nova forma de alienação. 
Não partimos do pressuposto que o Conselho seria certamente o espaço de dissenso totalmente alinhado com o objetivo de mudança do cenário político e suas falhas, pois antes que ele seja de fato colocado em funcionamento, não temos como avaliar. Porém, desde o início, esse espaço deveria, no mínimo, se estruturar conquanto um instrumento de mudança e não perpetuação. E se começa dessa forma, como será que vai prosseguir? Será possível construir um espaço de tensão e dissenso? Será possível formar um Conselho que atenda ou pelo menos atente atender àqueles que são delegados à exclusão em uma frequência diária? Não era é esse o objetivo principal quando se propõe a renovar e dar mais qualidade aos dispositivos democráticos? Dentre essas muitas outras perguntas surgem, cujas respostas somente poderão ser encontradas ao longo do processo e é sensato aguardar, antes de expressar ora positividades ou negatividades excessivas.
E agora, antes da eleição, devemos questionar como se pode, nesse curto espaço de tempo, tentar ao menos corrigir as falhas que a burocracia impõe sobre a construção de uma democracia plural, mais responsiva e responsável .
A exposição de tais problemas é um tema cuja observação deve ser levada a cabo. 

domingo, 13 de outubro de 2013

O andamento do Conselho Participativo - Observações e Considerações

Na última segunda-feira (7), encerraram-se as inscrições para o Conselho Participativo da Cidade de São Paulo. Hoje, temos em vista, uma eleição que será realizada dia 8 de dezembro, no qual 2762 candidatos irão disputar as 1125 vagas existentes para a composição do Conselho, fechando uma conta de quase 2,5 candidatos por vaga. Acreditamos que esse seja um bom saldo para um processo participativo que acabou de ser iniciado e que teve um curto período de publicidade. Apesar de olharmos esse resultado positivamente, não podemos nos furtar de olhar para ele com uma visão mais crítica, visando o melhoramento do processo e a possível construção de uma estrutura cada vez mais assertiva para um espaço de participação que consideramos de extrema importância para uma cidade grande e grandiosa como São Paulo. Sendo assim, que lições aprendemos dessa primeira fase de trabalho?
Uma das maiores falhas visualizadas na primeira fase do processo é encontrada nas ações de comunicação, que ora podem ser justificadas pelo curto espaço de tempo entre lançamento do Conselho e datas finais de inscrição, mas também pela burocracia pelas quais são pautadas as ações dentro da esfera de governo. O objetivo aqui não é problematizar tão profundamente, mas em suma expor que, a divulgação da existência de uma eleição de futuros Conselheiros em um espaço de participação popular, deixou bastante a desejar. Essa crítica não pretende desqualificar a iniciativa da viabilização da formação do Conselho, mas é extremamente importante que tal espaço de participação seja de conhecimento e participação pública e de maneira maximizada. De modo que olhar para ele é uma tarefa que todos aqueles que acreditam nesse espaço devem encabeçar.
Um outro fator que deve ser mencionado, dá conta da qualificação do Conselho enquanto um espaço de participação popular democrática. Até o presente momento, as votações continuam a ser dependentes de viabilização por meio da utilização do título de eleitor, particularidade essa que exclui partes da sociedade como população de rua e imigrantes. A democracia moderna é por excelência e definição o local da representação popular e plural, de forma que as suas manifestações deveriam refletir tais dimensões substantivas dentro dos dispositivos desenhados na plataforma democrática. Nesse sentido, a não viabilização da entrada de setores sub representados reforça ao invés de corrigir uma falha oriunda de outras estruturas que permeiam o cenário político não só na nossa cidade, mas no Brasil como um todo.
O que queremos aqui, nesta exposição, é discorrer brevemente sobre observações que podem ser visualizadas por quem está acompanhando o processo de formação do Conselho. Além disso, pensar sobre esse processo é necessário, justamente porque acreditamos que esse espaço pode ser melhorado sempre, a ponto de se tornar uma experiência única e exemplar de governo aberto, próximo e inclusivo. Por essa razão, para além da crítica, salientamos mais que a importância, mas a necessidade de ocupar esse espaço, para que ele possa ser um local de dissenso, um ponto de tensão, que seja capaz de alterar algumas das lógicas presentes no cenário político local. Sendo assim, a tarefa agora é chamar a todos que habitam, trabalham, enfim, vivem a cidade e na cidade de São Paulo, a participar ativamente do processo. O primeiro passo já foi dado por intermédio da inscrição de um número significativo de candidatos, que irão disputar uma vaga para o Conselho. Aos que não são candidatos, lhes cabe a tarefa de observar, acompanhar e ser parte do processo. Dia 08 de dezembro é dia de eleição e dia de exercitar a cidadania e o ato de votar deve ser uma atitude acompanhada de reflexão e de consideração dos candidatos e de como eles poderão, em suas especificidades, trabalhar no conselho como verdadeiros representantes dos interesses de suas comunidades. 
Para fechar, uma fala do geógrafo David Harvey vem bem a calhar: "...nós, individual e coletivamente, fazemos nossa cidade através de nossas ações diárias e de nossos engajamentos políticos, intelectuais e econômicos."
Estaremos acompanhando os passos da formação do Conselho e informando sobre as novidades. Qualquer dúvida ou comentário, nosso endereço de e-mail é voz.participacaopolitica@gmail.com.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Uma aula sobre o Conselho Participativo da Cidade de São Paulo

Nesse último sábado, dia 14 de Setembro, o Grupo Voz organizou, em uma parceria com a Rede Nossa São Paulo, uma discussão sobre o Conselho Participativo da Cidade de São Paulo. O encontro foi sediado no auditório da Escola de Sociologia e Política de São Paulo e contou com a participação de mais de 130 pessoas. A discussão foi iniciada por exposições que focavam em contar um pouco o significado da participação no cenário político, bem como recuperar um pouco o histórico da formação desse Conselho na cidade de São Paulo. O encontro contou também com a presença de um representante da Secretaria de Relações Governamentais, presença essa que foi crucial para elucidar diversas dúvidas pertinentes a esta eleição que está por acontecer.
O público participante era composto por uma diversidade de atores, dentre entusiastas da participação, estudantes e futuros conselheiros. Após as falas programadas, muitos puderam, por meio da abertura do microfone, se expressar de maneira a tirar dúvidas ou discorrer acerca do tema central do dia. As falas foram muitas e diversas, mas, como é a tradição desse grupo, fez com todos que assim quiseram pudessem ter sua Voz ouvida.
Um dos fatores que ficou evidente, principalmente pelas inúmeras falas do público presente, é o de que ainda perduram diversas dúvidas sobre o processo, principalmente sobre como viabilizar a candidatura. Algumas dúvidas foram sanadas para a platéia, mas permanece um pouco da preocupação sobre como tais informações vão ser espalhadas para os outros tantos candidatos da cidade de São Paulo. A Secretaria se comprometeu a fazer uma divulgação mais eficiente sobre os conselhos e as informações pertinentes ao mesmo, então nossa tarefa agora é também de acompanhar e cobrar.
Nesse meio tempo, o Grupo Voz vai continuar com as visitas e sensibilizar o máximo de pessoas possíveis sobre o tema da participação e especificamente sobre o Conselho Participativo da cidade.
Esse evento foi um termômetro que apontou que o assunto da participação está em voga e traz a necessidade de abrir espaços para falar sobre isso.
Pelas fotos abaixo, quem não participou pode sentir um pouco de como foi essa rica troca através de imagens. Logo mais os registros de som e ação também poderão ser vistos por aqui.
Então até a próxima.









terça-feira, 10 de setembro de 2013

Alteradas as disposições quanto a inscrição como candidato (a) no Conselho Participativo Municipal, conforme abaixo disposto publicado no DO do município: 


Edital de inscrição dos candidatos ao Conselho Participativo Municipal
 
João Antonio da Silva Filho, Secretário Municipal da Secretaria de Relações Governamentais, no uso de suas atribuições legais,  e com base na Lei Municipal nº 15.764/2013, regulamentada pelo Decreto nº 54.156 de 1º de Agosto de 2013, torna pública a abertura de inscrição para os interessados em se candidatar ao Conselho Participativo Municipal da Subprefeitura.
1- A inscrição dos candidatos para o Conselho Participativo Municipal será regida pelas disposições do presente Edital.
DO PERÍODO DE INSCRIÇÕES
2- As inscrições de candidatos para a eleição do Conselho Participativo Municipal ocorrerão pelo período mínimo de 15 (quinze) dias, incluindo pelo menos uma noite e um sábado.
 
2.1- A abertura das inscrições será no dia 07/09/2013 e se encerrará no dia 07/10/2013, nos seguintes dias e horários, nas sedes das Subprefeituras:
 
Sábado: 7 e 28 de setembro          – das 9:00 às 17h00.
Dias: 9, 10, 11 e 13                          – das 9:00 às 17h00.
Dias: 12 de setembro                      – das 9:00 às 21h00
Dias: 16, 17, 18, 19 e 20                – das 9:00 às 17h00.
Dias: 23, 24, 25, 26 e 27                – das 9:00 às 17h00 
Dias: 30, 1, 2, 3, 4 e 7 de outubro – das 9:00 às 17h00.
DOS REQUISITOS PARA OS CANDIDATOS
3.- São requisitos para candidatar-se:
3.1- ser maior de 18 (dezoito) anos;
3.2- não ser ocupante de cargo em comissão no Poder Público;
3.3- não ser detentor de mandato eletivo do Poder Legislativo e do Poder Executivo de qualquer esfera federativa;
3.4- comprovar o apoio de, no mínimo, 100 (cem) residentes na área da Subprefeitura em que concorrerá;
3.5- não ser membro de alguma Comissão Eleitoral Local ou da Comissão Eleitoral Central;
3.6- não ser candidato a nenhum outro Conselho Participativo Municipal.
DOS DOCUMENTOS A SEREM APRESENTADOS
4.- O candidato deverá apresentar os seguintes documentos:
 
4.1- Documento de identidade oficial, válido, com foto (Cédula de Identidade – RG, Carteira Nacional de Habilitação - CNH, Carteira de Trabalho, Passaporte ou Carteira Funcional expedida por órgão público) – original e cópia
4.2- Título de eleitor – original e cópia;
4.3- Ficha de inscrição devidamente preenchida (Anexo 1);
4.4- Declaração de cumprimento dos requisitos dos subitens 3.1 a 3.6 (Anexo 2);
4.5- Declaração de não incidência nas hipóteses de  vedação previstas no Decreto Municipal nº 53.177/12 (Anexo 3);
4.6- Lista comprobatória de apoio de 100 (cem) assinaturas de residentes na área da Subprefeitura em que concorrerá, conforme modelo (Anexo 4);
4.7- 2 (duas) fotografias 3X4 impressas e recentes. 
4.8- Fotografia 5X7 digitalizada e gravada em formato “.jpg” em mídia eletrônica (CDR), em preto e branco, fundo branco, escala de cinza de 256 tons, padrão de largura X altura de 161 X 225 pixels. A mídia eletrônica deverá ser identificada com o nome completo do candidato.
 
5- Na ficha de inscrição o candidato deverá indicar o nome que constará em urna eletrônica, caso utilizada, que não poderá ser superior a 30 (trinta) caracteres, incluídos os espaços.
 
6- O candidato poderá inscrever-se uma única vez, sendo o critério para o endereço de referência de inscrição o da Subprefeitura que abrange o local de sua respectiva seção eleitoral no primeiro turno da eleição municipal anterior.
 
7- A lista comprobatória de apoio de residentes na Subprefeitura, uma vez apresentada para inscrição, não poderá ser complementada posteriormente.
DO DEFERIMENTO E INDEFERIMENTO DAS INSCRIÇÕES:
8- Findo o período de inscrições, a Comissão Eleitoral Local, após observar se os inscritos atendem os requisitos formais dos itens 3 e 4, publicará no Diário Oficial e na Sede da Subprefeitura, no prazo de 5 (cinco) dias, a lista com os nomes das inscrições deferidas e das indeferidas, sendo que o indeferimento deverá indicar os subitens não preenchidos pelo candidato.
DAS IMPUGNAÇÕES E RECURSOS
9- Os interessados poderão impugnar as candidaturas deferidas, demonstrando o não cumprimento dos itens 3 e 4 do presente Edital, no  prazo de 3 dias, contados da publicação, no Diário Oficial, da lista prevista no item 8.
 
10- Os munícipes que tiveram sua inscrição indeferida poderão recorrer da decisão no prazo de 3 dias, contados da publicação, no Diário Oficial, da lista prevista no item 8.
 
11- A Comissão Eleitoral Local deverá encaminhar os recursos e impugnações à Comissão Eleitoral Central no prazo de 24 (vinte e quatro) horas.
 
12- Findo o prazo para a apresentação de impugnações, o inscrito terá o prazo de 3 dias para apresentar sua defesa, contados a partir da publicação, no Diário Oficial, das inscrições impugnadas, período em que será concedida vista dos expedientes de inscrição nas respectivas Subprefeituras. 
 
13-  A Comissão Eleitoral Central analisará as impugnações e recursos apresentados, publicando decisão final, com a lista definitiva dos candidatos habilitados a concorrer às eleições para o Conselho Participativo Municipal a partir do dia 28 de outubro de 2013.
 
13.1- A lista definitiva indicará o número do candidato para votação, composto por cinco dígitos. Os dois primeiros dígitos identificarão a respectiva Subprefeitura. Os três últimos dígitos serão distribuídos em ordem crescente seguindo a ordem alfabética do nome completo dos candidatos.
DISPOSIÇÕES FINAIS
14. O processo eleitoral para candidatos que não possuem título de eleitor será regulamentado oportunamente, por instrumento próprio.

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Conversando sobre Participação

No último final de semana, nos dias 31 de Agosto e 01 de Setembro, o VOZ teve a oportunidade de visitar duas comunidades, ambas na Zona Norte da cidade de São Paulo, para falar sobre participação.
A visita de sábado foi realizada no Jardim Carumbé, comunidade inserida no distrito da Brasilândia, onde serão eleitos 26 Conselheiros Municipais. A conversa aconteceu ali mesmo, no quintal da Marisa, que além de moradora do bairro é também uma figura marcante na comunidade, tendo conseguido reunir mais ou menos 15 pessoas para discutir conosco o tema da participação e a eleição de conselheiros.
No Jardim Carumbé ficou bem evidente, por meio das falas dos participantes, que um dos maiores problemas enfrentados por ali se dá no âmbito da saúde. O pessoal meteu a boca no trombone e reclamou da falta de atendimento adequado em todos os sentidos e dessa discussão saiu a pergunta crucial: "Como é que eu cuido dos problemas da minha comunidade?". A questão é curta e simples, já a resposta exige uma complexidade maior do que se pretende esse relato, por outro lado, tal questão nos remete ao tema base do estamos querendo juntxs construir por aqui, ou seja, a participação. Xs moradores confessaram que muitas vezes se resolve o problema no grito, tratando diretamente com o funcionário público que está ali na linha de frente, que geralmente é vencido pelo cansaço. No entanto, eles nos contaram que esta é uma via que não resolve as dificuldades permanentemente e que a disfunção começa muito antes da porta de entrada do posto de saúde, no caso do Jardim Carumbé.
Na visita de sábado também foi levantada uma questão importante sobre as possibilidades de participação, as funções e as habilidades de um Conselheiro. Uma dificuldade identificada é com relação ao tempo que há de ser disponibilizado a fim de cumprir com essa função, afinal, o tempo é dividido em várias funções, sendo o tempo do trabalho a maior fonte de preocupação. Os moradores não deixaram de mencionar que o Conselheiro deve estar dotado de algumas habilidades, para que seja de fato um agente defensor dos interesses das comunidades e que possa ser um criador de tensões no espaço designado para sua participação.
Essas questões não ficaram de fora da visita do Domingo, dia 01 de Setembro, na comunidade do Jardim Antartica, Zona Norte de São Paulo, parte do distrito de Cachoeirinha, de onde sairão 14 Conselheiros. O encontro foi realizado em clima de euforia, afinal se tratava do Sarau da Várzea, atividade cultural sendo promovida por moradores da região e impulsionada pelo time de futebol local, a União Vitória e Glória. O pessoal tinha versos e contos guardados para compartilhar, mas não antes de falar sobre política e participação. Várias questões foram levantadas, inclusive a problemática do tempo, que foi mais ou menos resolvida por uma voz que mencionou que o trabalho do Conselheiro não há de ser fácil, e que o esforço pra conciliar todas as atividades seria grande, mas que ao "trazer a melhoria pra quebrada, já estamos enriquecendo", ficando saliente que é de extrema importância adentrar essa brecha sendo criada da instituição de governo, para que seja possível encontrar soluções conjuntas para o lugar em que se vive.
Para nós do VOZ, como sempre, a troca foi de grande aprendizado, sendo preciso debruçar sobre os caminhos da participação efetiva nesse espaço que está sendo aberto e que definitivamente deve ser ocupado por quem pode e vai tentar levar os problemas da comunidade para as instâncias de decisão. O tema do tempo do trabalho é deveras algo a ser discutido e mais uma luta para ser travada nesse embate. Prossigamos então. As inscrições começam em 7 de setembro e terminam dia 21 de setembro. Não temos muito tempo, e esperamos contar com o apoio de mais gente interessada no campo da participação. Vamos conosco e até a próxima.
As fotos inspiradoras estão aqui: